Prémio Escolar Escritor Ferreira de Castro

Distinguidos os alunos Francisca Pinho Cardoso e Francisco José Tavares Oliveira Pinho pelas suas qualidades morais, assiduidade às aulas, aplicação ao estudo e dotes intelectuais.
Num fim de tarde de um sábado do mês de outubro, na sede do Grupo Cultural e Recreativo de Ossela, decorreu a sessão solene de entrega do Prémio Escolar Escritor Ferreira de Castro, uma iniciativa que se mantém desde 1966, data em que foi criado através da Portaria 22403 de 29 de dezembro, estando ainda vivo o seu homenageado, Ferreira de Castro, nascido em terras oliveirenses.
Instituído, por iniciativa da Casa da Comarca de Oliveira de Azeméis, o Prémio Escolar Escritor Ferreira de Castro, com o fim de perpetuar o nome deste escritor na freguesia onde nasceu e viveu a sua infância, pretende distinguir em cada ano letivo dois alunos (um de cada sexo) entre os aprovados no exame da 4.ª classe do ensino primário concluído em qualquer das escolas ou postos escolares dos núcleos da freguesia de Ossela, concelho de Oliveira de Azeméis.
Desde1966, vários foram os alunos osselenses que viram o seu nome gravado no livro de honra, simbolicamente assinado pelos premiados durante a cerimónia, num momento simples, mas de grande simbologia, testemunhado pela família e elementos da comunidade.
Estiveram presentes na cerimónia deste ano a diretora do Agrupamento, Elisabete Tavares, o vereador da Educação, Rui Luzes Cabral, o presidente da Junta de freguesia de Ossela, José Santos e a professora dos alunos, Irene Bastos. Todos salientaram a importância simbólica deste prémio que resiste à passagem do tempo, carregando consigo a chancela de Ferreira de Castro que teve oportunidade de conhecer os primeiros premiados em sua honra. Foram também parabenizados os alunos premiados que justamente viram reconhecidos o seu empenho e qualidades humanas. Também compareceram, para além de familiares e amigos, a adjunta da Diretora, Sandra Andrade, e as professoras Carla Costa e Teresa Lontro que quiseram também testemunhar este momento que os alunos certamente não esquecerão.
Este prémio é promovido pelo Centro de Estudos Ferreira de Castro, representado na cerimónia pelo presidente da Direção, Carlos Castro.
Alunos do 10.º Ano exploram o património geológico do Geoparque de Arouca


No dia 27 de outubro, sob um sol radiante que rompeu a sequência de dias cinzentos, os alunos do 10.º ano de Biologia e Geologia da Escola Secundária Ferreira de Castro, acompanhados pelas professoras Alexandra Esteves e Teresa Valente, realizaram uma visita de estudo à região de Arouca, com o objetivo de observar alguns dos 41 geossítios que integram o seu Geoparque — um território reconhecido pelo seu singular e valioso património geológico.
A primeira paragem do dia foi na jazida paleontológica de Canelas, uma antiga louseira onde têm sido descobertos inúmeros fósseis de invertebrados, com especial destaque para as trilobites gigantes, que habitaram a Terra há mais de 400 milhões de anos. Após a visualização de um vídeo explicativo sobre a formação dos fósseis, os alunos visitaram o museu local, onde puderam apreciar uma coleção única de exemplares fósseis de grande valor científico.
Depois do almoço, o grupo seguiu para a aldeia da Castanheira, para conhecer as famosas “Pedras Parideiras”. Neste local observaram-se o plutonito de Castanheira (granito nodular) e os seus característicos nódulos discoidais e biconvexos, compostos por quartzo e feldspato, envolvidos por camadas de biotite. Estes nódulos destacam-se facilmente da rocha, deixando nela o respetivo molde — fenómeno que, devido à ação erosiva, originou a designação popular de “pedras parideiras”, ou seja, “a pedra que pare pedra”.
A visita prosseguiu até ao Campo de Dobras da Castanheira, um geossítio de grande relevância nacional, onde é possível observar dobras de diferentes dimensões resultantes das transformações geológicas ocorridas durante a formação do supercontinente Pangeia.
O percurso pedestre, desde a praia fluvial do Rio Caima até à Frecha da Mizarela, permitiu ainda apreciar um conjunto diversificado de paisagens graníticas, como o “caos de blocos”, relevos residuais e superfícies de aplanamento. Junto ao rio, observaram-se as marmitas de gigante e, já perto da Frecha da Mizarela, foi possível identificar o contacto nítido entre os metassedimentos ante-ordovícicos e o granito da Serra da Freita, onde abundam cristais de estaurolite de vários centímetros — evidência de um intenso metamorfismo regional na origem dessas rochas.
A visita terminou em grande beleza no Miradouro da Frecha da Mizarela, onde se contempla a maior queda de água de Portugal continental, com cerca de 70 metros de altura. O local permite observar o contacto litológico da Mizarela e compreender como a meteorização e a erosão de diferentes tipos de rocha contribuíram para a formação desta impressionante cascata do Rio Caima.
O regresso fez-se em ambiente de boa disposição e entusiasmo, refletindo o sucesso de um dia pleno de aprendizagem, descoberta e contacto com a natureza.
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