Alunos do 10.º Ano exploram o património geológico do Geoparque de Arouca

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No dia 27 de outubro, sob um sol radiante que rompeu a sequência de dias cinzentos, os alunos do 10.º ano de Biologia e Geologia da Escola Secundária Ferreira de Castro, acompanhados pelas professoras Alexandra Esteves e Teresa Valente, realizaram uma visita de estudo à região de Arouca, com o objetivo de observar alguns dos 41 geossítios que integram o seu Geoparque — um território reconhecido pelo seu singular e valioso património geológico.
A primeira paragem do dia foi na jazida paleontológica de Canelas, uma antiga louseira onde têm sido descobertos inúmeros fósseis de invertebrados, com especial destaque para as trilobites gigantes, que habitaram a Terra há mais de 400 milhões de anos. Após a visualização de um vídeo explicativo sobre a formação dos fósseis, os alunos visitaram o museu local, onde puderam apreciar uma coleção única de exemplares fósseis de grande valor científico.
Depois do almoço, o grupo seguiu para a aldeia da Castanheira, para conhecer as famosas “Pedras Parideiras”. Neste local observaram-se o plutonito de Castanheira (granito nodular) e os seus característicos nódulos discoidais e biconvexos, compostos por quartzo e feldspato, envolvidos por camadas de biotite. Estes nódulos destacam-se facilmente da rocha, deixando nela o respetivo molde — fenómeno que, devido à ação erosiva, originou a designação popular de “pedras parideiras”, ou seja, “a pedra que pare pedra”.
A visita prosseguiu até ao Campo de Dobras da Castanheira, um geossítio de grande relevância nacional, onde é possível observar dobras de diferentes dimensões resultantes das transformações geológicas ocorridas durante a formação do supercontinente Pangeia.
O percurso pedestre, desde a praia fluvial do Rio Caima até à Frecha da Mizarela, permitiu ainda apreciar um conjunto diversificado de paisagens graníticas, como o “caos de blocos”, relevos residuais e superfícies de aplanamento. Junto ao rio, observaram-se as marmitas de gigante e, já perto da Frecha da Mizarela, foi possível identificar o contacto nítido entre os metassedimentos ante-ordovícicos e o granito da Serra da Freita, onde abundam cristais de estaurolite de vários centímetros — evidência de um intenso metamorfismo regional na origem dessas rochas.
A visita terminou em grande beleza no Miradouro da Frecha da Mizarela, onde se contempla a maior queda de água de Portugal continental, com cerca de 70 metros de altura. O local permite observar o contacto litológico da Mizarela e compreender como a meteorização e a erosão de diferentes tipos de rocha contribuíram para a formação desta impressionante cascata do Rio Caima.
O regresso fez-se em ambiente de boa disposição e entusiasmo, refletindo o sucesso de um dia pleno de aprendizagem, descoberta e contacto com a natureza.

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No dia 12 de maio, seis alunos do 10.º TGPSI, organizados em duas equipas, participaram no Torneio de Programação para Alunos do Secundário, ToPAS, cuja organização está a cargo do Departamento de Ciência de Computadores (DCC) da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto envolvendo docentes e alunos de licenciatura.

A direção do agrupamento felicita os alunos que participaram na atividade, congratulando-se pelos bons resultados:

  • 9.º lugar obtido pela equipa formada pelos alunos Gabriel Barbosa, João Marcelo Santos e Rúben Tavares;
  • 23.º lugar obtido pela equipa formada pelos alunos António Valente, Paulo Silva e Saúl Nunes.

Esta atividade proporcionou aos alunos uma oportunidade de demonstrarem, e melhorarem, os seus conhecimentos e capacidades, nomeadamente a destreza na resolução de problemas, conhecimentos de algoritmos, rapidez de programação e o bom espírito de equipa. Além do convívio que uma competição como esta proporciona, o concurso constitui também uma excelente ocasião para conhecer oportunidades e novos contactos. Os alunos foram acompanhados pelos professores Manuel Teixeira e Isabel Louro, docentes das disciplinas técnicas do curso Profissional de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos (TGPSI).

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