Visita ao Lar Pró-Outeiro: Histórias de uma geração para outra - 10.º E

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No âmbito do projeto DAC "Todos por todos: Solidariedade em Ação", a turma do 10.ºE viveu uma experiência profundamente enriquecedora, que ficará para sempre gravada na memória e no coração de todos os envolvidos. Neste dia, trocamos as paredes da sala de aula por um cenário diferente, onde as verdadeiras lições foram ensinadas não por livros, mas pelas palavras, pelos gestos e pelos olhares de quem carrega décadas de histórias: os utentes do Lar Pró-Outeiro.

Fomos acolhidos com uma grande hospitalidade, num ambiente onde o afeto e a vontade de partilhar eram evidentes desde o primeiro momento. Os rostos que nos receberam transmitiam curiosidade e alegria, e rapidamente nos sentimos verdadeiramente em casa. Ao longo da tarde, construímos pontes entre gerações, unindo o entusiasmo da juventude à sabedoria da experiência. As atividades foram pensadas para promover o diálogo, a empatia e o convívio. Jogos como cartas, dominó, mikado e bingo transformaram-se em oportunidades para encontros genuínos e momentos de partilha. Entre risos espontâneos e olhares cúmplices, ouvimos histórias de vida, recebemos conselhos e partilhamos emoções. Cada conversa, cada memória contada, tornou-se uma verdadeira lição e reveladora da importância de simplesmente ouvir com atenção e presença.

O dia terminou com um lanche partilhado, preparado com carinho por todos os elementos da turma. Foi um momento de união e de afetos, onde cada gesto de partilha reforçou os laços criados ao longo da visita. Mais do que uma simples atividade escolar, esta visita foi uma autêntica lição de vida. Aprendemos que são os gestos mais simples: um sorriso, uma palavra amiga, uma escuta atenta, que constroem pontes entre pessoas independentemente da idade ou da realidade que as separa.

Saímos do Lar Pró-Outeiro com o coração cheio e com a certeza de que os idosos são guardiões de sabedoria, cujas histórias merecem ser escutadas com respeito e admiração. Levámos connosco as suas palavras, os seus conselhos e aquela expressão tão carinhosa que ficou a ecoar nas nossas mentes.

A turma do 10.ºE deixa um sincero agradecimento ao Lar Pró-Outeiro, pela forma como nos recebeu e por nos ter proporcionado uma tarde verdadeiramente transformadora. Esta experiência ensinou-nos sobre empatia, respeito e o valor do tempo partilhado, valores que levaremos connosco, não apenas como alunos, mas como pessoas mais conscientes e solidárias.
Porque quando duas realidades se cruzam, com verdade e coração, o mundo fica mesmo um pouco melhor.                                                                                                                                                                                                                                                                   | Francisca Bastos e Débora Maia 10.º E

Encontro com Escritores

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O escritor Henrique Pereira visitou as Escolas Básicas do Outeiro, da Ponte e de Ossela, dinamizando sessões de exploração das suas obras “O hipopótamo resmungão” e “Não há duas sem três, mas desta é de vez!”. Foram abordados temas como a partilha, o perdão e a amizade. O autor também explorou objetos que são elementos centrais em algumas das histórias infantis mais conhecidas e explicou como “desconstruiu” algumas das personagens dessas histórias para criar as suas próprias narrativas. Os alunos participaram com muito interesse e curiosidade.

Dia do Patrono marcado por conquistas desportivas!

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No dia do Dia do Patrono do nosso Agrupamento de Escolas, houve um momento de grande orgulho para a comunidade escolar: as equipas femininas de voleibol Infantis B e Iniciadas foram homenageadas com a entrega do troféu e das medalhas de campeãs da fase de Coordenação Local de Desporto Escolar de Entre o Douro e Vouga, sendo que a equipa de iniciadas venceu ainda a fase Inter_CLDE, em Viana do Castelo e está apurada para a respectiva fase regional Norte, a decorrer em Barcelos.

O momento alto da cerimónia foi a entrega simbólica dos troféus conquistados à nossa Diretora, Professora Ilda Ferreira, numa demonstração de gratidão e espírito de equipa por parte das atletas. A abrilhantar esta singela cerimónia, estiveram ainda presentes o Presidente do Conselho Geral, Professor António Santos, o Vice-Presidente da Câmara Municipal e Vereador da Educação, Sr. Rui Cabral, entre outros.

Parabéns às nossas jovens jogadoras, que são um verdadeiro exemplo de dedicação e equilíbrio entre os estudos e a prática desportiva. Um orgulho para toda a comunidade educativa!

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Os alunos das turmas 10ºTG/TQ, 11ºT, 12ºTG, e 11.º D rumaram a uma viagem ímpar, de grandes aprendizagens, algumas aventuras e imensas descobertas.
Chegados a Portalegre, no final da manhã do dia 13, fomos recebidos com alguma chuva, que parecia querer perturbar o agendado picnic. Após uma reconfortante refeição, iniciou-se um percurso pedonal, que incluiu uma breve visita ao Castelo de Portalegre, passagem pela Sé Catedral, culminando numa ilustre e entusiasta visita guiada ao Museu da Tapeçaria de Portalegre – Guy Fino. Esta visita surpreendeu positivamente alunos e professoras, tendo sido dada a oportunidade para apreciarem a fiel reprodução no afirmado e prestigiado ponto de Portalegre (admirado e reconhecido mundialmente como um dos pontos em linha mais bem conseguido) de inúmeras obras de arte de pintores de renome como: João Tavares, Júlio Pomar, Almada Negreiros, Maria Helena Vieira da Silva, Costa Pinheiro, Jorge Martins, entre outros. Percebemos que estas obras apenas são reproduzidas em tapeçaria de Portalegre com a autorização dos respetivos autores e num número reduzido de exemplares (entre 1 a 4). Uma obra destas pode levar entre 6 meses a 3 anos a ser reproduzida, sendo que um trabalho diário das tecedeiras poderá chegar aos 3 a 4 centímetros por tela. 
No final da tarde, rumámos a Elvas onde ficámos alojados, conseguindo vislumbrar alguma da arquitetura imponente da cidade, como a muralha e as fortificações que tão bem a defenderam de invasões no passado.


Na manhã do dia 14 de março, chegados a Campo Maior, dirigimo-nos ao Posto de Turismo da Fonte Nova, onde nos esperava, de braços abertos, um grupo de docentes e de alunos do Curso Profissional de Turismo, do Agrupamento de Escolas de Campo Maior.  Com muita simpatia e disponibilidade  guiaram-nos pelos pontos turísticos de maior relevo da cidade, em particular pelo Centro de Campo Maior, incluindo a Fortificação Abaluartada, Mosteiro da Imaculada Conceição / Monjas Concepcionistas Franciscanas de Santa Beatriz da Silva e Capela dos Ossos. Foi notório o orgulho e entusiasmo com que os alunos do Curso Profissional de turismo reportaram factos históricos e acontecimentos e descreveram personagens de relevância para Campo Maior, contagiando alunos e professoras que experienciavam o roteiro por eles traçado. Estes alunos conseguiram deixar curiosidade e a certeza de que o tempo passado neste roteiro foi manifestamente insuficiente para verdadeiramente entender a forma de ser e de estar dos habitantes desta vila, que tanto regozijo têm nas suas origens e nos seus antepassados.
No final da manhã, esperava-nos uma compensadora, revigorante e aromática visita ao CCCafé - Centro de Ciência do Café, único na Europa. Aqui, assistimos a uma palestra acerca das origens da empresa Delta Cafés e do Grupo Nabeiro, bem como a sua missão e valores. Percebemos que o Senhor Comendador Rui Nabeiro, iniciou o império Grupo Nabeiro de forma muito humilde, mas rapidamente percebeu a potencialidade da torra do café e das trocas comerciais deste produto com o vizinho mercado espanhol. Exemplo de coragem, determinação, trabalho, dedicação, perseverança, resiliência, mas também de homem justo, solidário, focado na valorização das competências humanas e sempre pronto a inovar, a arriscar, a empreender quer na sua empresa, quer na sua terra - Campo Maior (não só como empresário mas também como  presidente da Câmara). O Senhor Rui Nabeiro provou que é possível dinamizar uma região do interior do país, criando postos de trabalho e promovendo o seu desenvolvimento, com foco, trabalho, resiliência e orgulho nas suas origens. Depois, fomos conduzidos por uma competente guia que nos levou por uma viagem inesquecível pelo mundo do café. Desde as rotas marítimas, às plantações de café (com exemplares de pés de café in loco), à torrefação e ao produto pronto a ser saboreado. Entre imagens, vídeos, experiências interativas, histórias alucinantes e perfumes inebriantes, a visita ao CCCafé revelou-se repleta de aprendizagens, de consolidação de saberes e de construção de conhecimento. 
De seguida, dirigimo-nos à Escola Secundária de Campo Maior, para uma refeição servida com muita simpatia, onde os nossos alunos puderam privar com os da referenciada escola, num convívio salutar de troca de vivências e experiências, musicados pelos sotaques do Alto Alentejo e do Norte do país.
A tarde de 14 de março irá ficar na memória visual e sensorial de todos os participantes nesta visita como uma experiência profícua, inesperada, cativante e encantadora; cheia de cor, texturas e cheiros que só o Centro Interpretativo das Festas do Povo incluído na Casa das Flores de Campo Maior nos consegue oferecer. Aqui sentimos o orgulho do povo de Campo Maior na preparação das festas, testemunhamos o trabalho minucioso e irrepreensível das mãos das mulheres na confeção das flores e o trabalho braçal árduo e robusto dos homens na montagem das estruturas para os  enfeites. Pudemos usufruir de um workshop de elaboração de flores, sob orientação de duas habitantes de Campo Maior, usando papel colorido e já recortado em diversos formatos de acordo com a flor a fazer . Ainda foi possível fazer uma incursão pelo modus operandi de várias profissões existentes no século XIX e XX em Campo Maior, bem como pelas divisões de casas e casarios destas épocas, fielmente retratados no Museu Aberto, reportando-nos para o quotidiano daquelas gentes. Por fim, fomos novamente acolhidos no Posto de Turismo, onde nos foram apresentados alguns objetos típicos da região e fomos, ainda, presenteados com uma encadernação sobre o património campomaiorense. 
Foi tempo de nos despedirmos de quem tão bem nos acolheu (alunos e professores da Escola Secundária de Campo Maior), com a certeza de que os momentos partilhados ficarão guardados num lugar especial das nossas mais sublimes recordações, com o sentimento de que valeu muito a pena a troca de culturas, garantindo aprendizagens únicas e especiais que, sem esta viagem, os nossos alunos nunca conseguiriam construir. 
Sabemos que a maioria dos alunos vai preservar carinhosamente as memórias construídas nesta viagem. Não irão esquecer quem tão bem os soube receber e conduzir em Campo Maior. Agradecem ainda à Escola Secundária Ferreira de Castro, pela oportunidade de realizar uma visita que muito os enriquece quer pelos conhecimentos e aprendizagens realizados e consolidados quer pelas interações culturais  experienciadas.
“Se todos quiséssemos, o mundo era extraordinário!” Rui Nabeiro (1931-2023)
As professoras responsáveis: 
Ana Paula Azinheira, Augusta Gonçalves, Cláudia Pedrosa, Elsa Martins, Helena Silva e Susana Goreti Gomes.

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